No reino de “Era uma vez” havia um ser vivo chamado “Todomundo” que um belo dia é visitado pela indesejável vizinha, “Morte”. “Todomundo” sabia que não poderia evitar encontrar-se com ela algum dia, afinal, eles moravam lado a lado e sendo ele grande intelectual e estudioso, sabia que todos tinham uma missão, inclusive a Morte.
A Missão da Morte era conduzir “Todomundo” em uma peregrinação exaustiva a Deus.
Desesperado com a visita da morte, “Todomundo” pede auxilio, pois estava desesperado e assustado, então roga aos outros habitantes como o “Conhecimento”, “Bensterrenos”, “Camaradagem” e “Parentela”que lhe acompanhem nesta jornada, mas todos recusam.
“Todomundo” sabia que a viagem com a Morte era a mais solitária das experiências, pois até seus atributos não seguiriam viagem consigo e a única personagem que se ofereceu para seguir viagem com “Todomundo” era “Boas Ações”, que se dispunha a acompanhá-lo e não corria da companhia da Morte.
O que mais assustava “Todomundo” era a solidão, pois na presença da “Morte” todos fugiam em disparada, morrer era uma das mais solitárias experiência do ser vivente.
E nesta jornada entendeu que passou muitos anos na companhia desagradável da “Angústia”, porque não queria ser sozinho.
Quando chegou aos Céus, para falar com Deus, foi interditado e teve que aguardar na sala de espera do lado de fora do paraíso.
“Boas Ações” foi bem recebida e logo entrou, retornando em instantes com um espelho nas mãos. Disse que Deus havia mandado entregar aquele objeto.
“Todomundo” olhou fixamente para o objeto, que era um espelho e após instantes, apareceu a “Consciência” na imagem refletida, autorizando sua entrada ao Paraíso.