quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A vida é urgente

Tenha pressa em ser feliz, em mudar as coisas que não mudarão por si só.
Não acuse, critique ou aponte ninguém... todos buscam a mesma coisa: ser feliz.
Seja incomodado consigo mesmo, quando perceber que a luz acesa do quarto vazio chama mais a sua atenção do que a conversa com outras pessoas na cozinha.
Aprenda a conviver com os demais, com suas imperfeições e virtudes, sucessos e fracassos, mas acima de tudo aprenda a conviver consigo mesmo. Não canse de ser você mesmo, delicie-se com isso, é a sua experiência com a vida.
Se você precisar ir embora, simplesmente vá. Se precisar ficar simplesmente fique, mas não faça de suas escolhas um tormento a si mesmo. Não brigue mais sem motivos, nem com os outros e nem consigo mesmo, substitua as brigas por reflexões. 
Tenha cuidado na estrada da vida, porque ela se deteriora mais rápido do que você imagina e, como qualquer rodovia ou estrada precisa de cuidado e manutenção.
Não mande correntes de e-mails, mande beijos, abraços e gentileza pessoalmente. Todos temos algo a compartilhar. A experiência da infânciam começo a ser compartilhado porque a criança vive com intensidade o momento presente, ela vive no “aqui e agora”... e não se perturba com o “daqui a pouco”.
Viva um dia de cada vez, enfrente um dragão por vez, faça de hoje o seu melhor dia, problemas de amanhã, resolva amanhã... dê a você mesmo a exclusividade que merece de sua própria companhia.
Aprenda a celebrar a vida com a intensidade que ela merece.
A vida é urgente e merece atenção.
Abraços

domingo, 24 de outubro de 2010

A existência atrapalhada pela linguagem

Há muitas formas de existir e talvez a forma mais irônica de viver seja através linguagem.
A linguagem pode unir e desunir casais, amigos, colegas de trabalho; propiciar relações ou exterminá-las por completo.As pessoas interpretam e propagam discursos e escritas perigosamente.
Penso que personalidades que fizeram história como Jesus, grandes filósofos gregos, Buda, Hitler, Luter King, Malcon, Marx, Oscar Wilde, Einsten, Darwin, Adam Smith e muitos outros pensadores e cientistas que contribuiram para história ao longo dos anos se tivessem alguma chance de poderem falar pessoalmente iriam perder a paciência com as coisas que eles "disseram" algum dia.
Tudo bem... depois que se morre fica mais fácil propagar discursos do falecido... o problema está em quando o "suposto falecido" nunca disse nada daquilo. Quem irá contestá-lo?
A linguaguem causou muitas mortes ao longo da história,  pessoas que foram queimadas na inquisição na época medieval, pessoas torturadas na ditadura, sem falar das mortes por causa de discurso políticos ou religiosos.
Pessoas são desligadas das organizações  por causa da linguagem distorcida, popularmente conhecida como fofoca , que  podem contribuir com um veredicto injusto e muita mágoa.
Valorizamos ou desvalorizamos alguém pelo modo como esta pessoa emprega suas palavras.
As  palavras são corrompidas, degeneradas e prostituidas através da linguagem pelo uso inconsciente (algumas vezes muito conscientes).
Talvez tenhamos que aprender a observar. Observar sem interpretar, sem juízo de valores.
Aprender a viver o que se fala é a linguagem mais clara e nobre que uma pessoa pode estabelecer com ela mesma e com o mundo. E depois disso, cabe um ponto final. 

Assim caminha a humanidade

sábado, 16 de outubro de 2010

Estou fazendo minha parte - Arnaldo Jabor.

Caros Leitores, vamos dividir com vocês um texto do jornalista, comentarista e escritor Arnaldo Jabor. Vale a pena ser postado  em nosso blog, os brasileiros exceções que nos desculpem, mas se conseguirmos promover um pouquinho de reflexão...seremos muitos felizes, pois a reflexão é a primeira ação para mudança de comportamento.

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; 
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;  
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. 
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.
Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.
Já foi, hoje é uma qualidade em baixa. 
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..
Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.
Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.
Democracia isso? Pense !

Ahhh ... O famoso jeitinho brasileiro.Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.  No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto....
Malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro.
Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...
O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira. 
Para finalizar tiro minha conclusão:
O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!
Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

sábado, 2 de outubro de 2010

O pequeno príncipe - II

"Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas...Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós.Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada. Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente que duas almas não se encontram ao acaso."

O pequeno príncipe II

"Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas...Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui outra.Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós.Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada. Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente que duas almas não se encontram ao acaso."

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O pequeno príncipe.

Há  trechos do livro O Pequeno Príncipe, que gostariamos de dividir com nossos queridos leitores.
Atualmente temos ouvido e observado que as pessoas padecem de solidão com tanta gente ao redor, mas não param para refletir sobre a importância de cativar alguém. Antoine de Saint-Exupéry (autor do livro O Pequeno Príncipe, promove reflexões neste sentido. Vale lembrar que o livro, era (inicialmente) destinado ao público infantil, mas os adultos nada mais são do que as crianças crescidas, então... Boa leitura!

(...) " Vem brincar comigo - propôs o príncípe. - estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro amigos - disse. - Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa. - Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessiddade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...  Por favor, cativa-me! - disse ela.
- Bem quisera - disse o príncipe - mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
- Os homens esqueceram a verdade - disse a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Assim caminha a humanidade

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A lenda das areias

Um rio, nascido nas distantes montanhas e após passar por inúmeros acidentes de terrenos nas regiões campestres,  finalmente alcançou as areias do deserto. E do mesmo modo como vencera as outras barreiras o rio tentou atravessar esta, mas se deu conta de que mal suas águas tocavam a areia nela desapareciam.
Estava convicto, no entanto, de que fazia parte de seu destino cruzar aquele deserto, embora não conseguisse fazê-lo.
Então uma voz misteriosa, saída do próprio deserto arenoso, sussurrou:
- O vento cruza o deserto, o mesmo pode fazer o rio.
O rio objetou estar se arremessando contra as areias, sendo assim absorvido, enquanto o vento podia voar, conseguindo dessa maneira atravessar o deserto.
- Arrojando-se com violência como vem fazendo não conseguirá cruzá-lo. Assim desaparecerá ou se transformará num pântano. Deve permitir que o vento o conduza a seu destino. 
- Mas como isso pode acontecer?
- Consentindo em ser absorvido pelo vento.
Tal sugestão não era aceitável para o rio. Afinal de contas, ele nunca fora absorvido até então. Não desejava perder a sua individualidade. Uma vez a tendo perdido, como se poderá saber se a recuperaria mais tarde?
- O vento desempenha essa função – disseram as areias. – Eleva a água, a conduz por sobre o deserto e depois a deixa cair. Caindo na forma de chuva, a água novamente se converte num rio.
- Como é que posso saber que isto é verdade?
- Pois assim é, e se não acredita não se tornará outra coisa senão um pântano, e ainda isto levaria muitos e muitos anos; e um pântano não é certamente a mesma coisa que um rio.
- Mas não posso continuar sendo o mesmo rio que sou agora?
- Você não pode, em caso algum, permanecer assim . Sua parte essencial é transportada e forma um rio novamente. Você é chamado assim ainda hoje por não saber qual é a sua parte essencial.
Ao ouvir tais palavras, certos ecos começaram a ressoar nos pensamentos mais profundos do rio. Recordou vagamente um estágio em que ele, ou uma parte dele, não sabia qual, fora transportada nos braços do vento. Também se lembrou, ou lhe pareceu assim, de que era isso o que devia fazer.
Então o rio elevou seus vapores nos acolhedores braços do vento, que suave e facilmente o conduziu para o alto e para bem longe, deixando-o cair suavemente tão logo tinham alcançado o topo de uma montanha, milhas e milhas mais longe. E porque tivera suas dúvidas o rio pôde recordar e gravar com mais firmeza em sua mente os detalhes daquela sua experiência. E ponderou:
- Sim, agora conheço a minha verdadeira identidade.
O rio estava fazendo seu aprendizado, mas as areias sussurraram:
- Nós temos o conhecimento porque vemos essa operação ocorrer dia após dia, e porque nós, as areias, nos estendemos por todo o caminho que vai desde as margens do rio até a montanha.
E é por isso que se diz que o caminho pelo qual o Rio da Vida tem de seguir em sua travessia está escrito nas Areias.
Do livro: Histórias da Tradição Sufi - Editora Dervish

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Viagem no tempo. Bons tempos!!!

A valorização daquilo que não é humano é maior que a valorização do próprio humano.
Por exemplo,  “o milagre da tecnologia”, muito valorizado nos dias atuais. Tema defendido indispensável, pois torna as atividades práticas, aumenta qualidade de vida humana. Pois é... basta comparar uma secretária de 1970 com uma atual. A jovem secretária de 1970, utilizava a máquina de escrever, ou como se dizia antigamente, “batia a máquina” cerca de 12 ofícios por dia. Levava 8 horas para realizar esse trabalho. Veio então o“computador”com a promessa de melhorar a vida da pobre moça. Hoje, a secretária pode imprimir 12 ofícios em 2 minutos, mas por que ainda continua no seu trabalho pelas mesmas oito horas? Por que o computador não ajudou a moça a ir mais cedo pra casa, cuidar dos filhos, educá-los?
Talvez, se ela fosse mais cedo para casa, sua colega da advocacia à frente perdesse o emprego, pois se existisse melhor qualidade de vida, os maridos e esposas não chegariam estressados do trabalho das 8 ás 22 horas, dor de cabeça e cansados, não haveria necessidade de tantas certidões de divórcio e guarda provisória das crianças... enfim, a tecnologia traz muitos empregos. Até aumenta a carga horária de trabalho (talvez porque a tecnologia traga praticidade!?)
Educação das crianças? Não educamos mais nossas crianças, elas aprendem tudo na internet. E isto não só ocorre pela falta de tempo, mas também por valores engolidos a seco. Ética, moral, religião, coisas do passado, empoeiradas, junto com a desprezível máquina de escrever. Refeição em família? Nem na novela das nove, a TV é a companheira do jantar.
Lembro-me bem da época de minha infância. Quando as pessoas costumavam visitar umas as outras, para almoçar ou simplesmente tomar café. Sempre havia um “café de duas mãos”. Era aquele café servido ás visitas com muito mais do que café. Tudo feito em casa. Havia tempo para isso. Lembro-me que a casa da minha avó cheirava café com leite e pão caseiro.
As pessoas conversavam à mesa, conversavam sobre muitas coisas, haviam as conversas de adulto e as crianças brincavam com as crianças.
Interação era feita entre seres humanos, hoje a única interação que parece ocorrer é entre humano x computador, humano x TV, humano x vídeo game e assim por diante.
Hoje, se convido algum amigo para um café, corremos o risco de chegar tarde em casa e estar muito cansado, preciso descansar.. a visita fica pra outro dia. Meu computador me diz onde tenho de enfiar cada vírgula. Antigamente apenas os “moleques mal educados” (..?) é que mandavam agente enfiar alguma coisa...Ainda trago comigo um pouco deles, graças a Deus!

sábado, 28 de agosto de 2010

DOE PALAVRAS

Caro leitor, "Doe Palavras" - Todos podem doar um pouquinho!
O Hospital Mário Penna em Belo Horizonte que cuida de doentes de câncer lançou um projeto solidário que se chama "DOE PALAVRAS”.
Você acessa o site  www.doepalavras.com.br escreve uma mensagem de otimismo, curta
(como no twitter) e sua mensagem aparece no telão para os pacientes que estão fazendo o tratamento.
É muito linda a reação de esperança dos pacientes.
Participem, não apenas hoje, mas todos os dias, doem um pouquinho das suas palavras e de seus pensamentos. Sempre finalize a frase com #doepalavras

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Bambus chineses

O bambu chinês, depois de plantada a semente, fica aproximadamente cinco anos na terra. Nesse período é  possível observar apenas um diminuto broto. Todo seu crescimento é subterrâneo dada a complexidade de sua estrutura de raiz, pois ela se estende verticalmente e horizontalmente, aproveitando bem o espaço subterrâneo.
Então, ao final do quinto ano, algo acontece, o bambu chinês cresce velozmente até atingir a altura de aproximadamente 25 metros. São praticamente cinco anos de construção da raiz e em menos de um ano ele se desenvolve.
Pense nisso todas as vezes que sentir sua vida estagnada, pois todos nós passamos por aqueles períodos que nada parece acontecer. Aproveite para deixar a raiz se desenvolver, assim, quando chegar o momento de crescer, você possa ter construído raiz suficiente para sustentar-se.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

PARADOXOS DA VIDA

Com o passar dos anos compreendemos  que a vida não é bem assim... do jeito que gostaríamos ou que imaginávamos... 

Descobrimos que a vida tem muitos desencontros e muitos paradoxos e que nem tudo, é o que parece.
Descobrimos que quem faz aniversário no Natal, não é o Papai Noel.
Que a vida é uma contagem regressiva para a morte e, a morte é o começo para uma nova vida.
E que muitos remédios não curam, as vezes viciam e podem até matar.
Entendemos que de nada adianta ter banda larga se a mente for estreita.
Descobrimos que o cientista que inventou a bomba atômica recebeu um prêmio por isso.
Percebemos que a esmola é imposto informal da injustiça social.
Descobrimos que Berlim já foi duas.
Percebemos que a aparência deveria ser o que menos importa em alguém, mas somos julgados, avaliados e até condenados pelo que aparentamos ser.
Percebemos que ignorar os fatos não significa aceitá-los e que as situações difíceis em nossa vida quando se repetem, é porque deixamos escapar algo importante.
Entendemos que o essencial é invisível aos olhos.
Descobrimos que a pessoa com quem você mais convive, é quem menos conhece (você mesmo).
Que haverá pessoas que estarão na sua vida por um breve momento, mas que poderão permanecer em seus pensamentos por toda sua vida.
Descobrimos que o ócio pode ser produtivo, muito mais do que a ocupação desesperada.
Descobrimos que nossos problemas têm o tamanho da importância que damos a eles.
E descobrimos que vivemos uma vida inteira para compreender que não podemos ser tão rígidos conosco, afinal a vida também tem as suas contradições.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Brasil é de todos nós.

Os Filhos da Puta controlam os Filhos da Pátria. O povo heróico e o braço forte dos filhos da pátria estão cansados por causa dos filhos da puta.

E o penhor da igualdade só existe no hino nacional. A pátria já foi mais amada, respeitada e o Brasil já foi um sonho intenso e um raio vívido.
Os Filhos da Pátria pagam impostos, trabalham arduamente, se submetem a sustentar os filhos da puta e sustentam os filhos dos filhos da puta, que podem botar fogo no índio que dorme na praça, mas errado era o índio que teve seu corpo queimado porque dormia na praça.
A Pátria continua gigante. Belo pela própria natureza... e pelas plantações de soja e plantações que rendem mais dinheiro, porque a natureza gera mais sustento que dinheiro e por isso não é tão importante.
A pátria é amada e hidolatrada, mas só onde tem o Pré-Sal. Os brasileiros que adoram e amam a pátria só aparecem na COPA do Mundo e nas Olimpíadas. O restante dos dias e dos anos há meninos de rua, há pessoas morrendo por falta de saneamento BÁSICO, por falta de condições mínimas para viver e pessoas trabalhando muito para sobreviver. Há filas de pessoas doentes esperando para serem atendidas em alguma Santa Casa de Misericórdia, que de Misericórdia sobrou só a vontade de alguns profissionais. Mas vamos comemorar a COPA de 2014 será no Brasil!
Os Filhos da Pátria não fogem a luta, nem temem ou nem temiam, porque agora não sabemos mais quem é mocinho e quem é bandido, quem é polícia e quem é ladrão. Como não temer?
Mas o Brasil é um país de todos. É um país dos Filhos da Puta e dos Filhos da Pátria. E por isso tem muita diversidade... diversidade social e cultural, que vai muito além dos limites geográficos.
E assim os filhos deste solo agora tem por obrigação cantar o Hino Nacional nas escolas públicas e particulares de todo país, não importa se sabem ler ou escrever, não importa se entendem o que estão cantando, afinal de contas, o que dá emprego é saber inglês, espanhol, mandarim... talvez nem os deputados e políticos que elegemos tem algum conhecimento aprendido na escola... talvez eles não saibam o significado do hino nacional.

Eita Pátria amada Brasil!!!

Este ano , é mais um ano de eleições e eu me pergunto... o que será dos Filhos da Pátria?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Humano - ser ou não ser?

Precisamos reaprender significado de "ser humano" que vai muito além de todas a definições. A longa e árdua tarefa de me tornar humano não é simples como parece. Paradoxalmente temos que aprender a viver aquilo que realmente somos... porque no decorrer da vida, aprendemos a desempenhar muitos papéis e atuar em diversos contextos, mas quando a experiência se trata de ser EU, unicamente EU, humano, sem nenhum roteiro ou diploma para me sustentar, aparece uma terrivel falta de habilidade.

É notória a dificuldade do ser humano se relacionar consigo mesmo e com todos de nossa espécie. "É uma imprudência perder tempo em se conhecer" diz nosso racional, detentor de todas as verdades... verdades estas que se vão na primeira chuva que cai sobre o EGO solitário e vazio.
Seres humanos travam verdadeira batalhas por ninharias nos modernos realitys shows. E a multidão de telespectadores hipnotizados por seus idolos de plástico, aplaudem.
Cada vez mais precisamos de regras de convivência para sobreviver. Regras segundo quem?
Adotamos um papel, tal qual num teatro e segundo a vontade de um diretor o interpretamos, as vezes interpretamos com tal paixão que ficamos convictos de somos esta personagem.
Onde foram parar as experiências que nos validam como seres humanos? Se alguém souber onde foi parar a espontaneidade, a leveza e riqueza de "ser humano", por favor devolva a
humanidade.
E devolva logo, antes que nos tornemos um animal condicionado, acorrentado pelo EGO, aprisionados, desvalorizados por nós mesmos e vazios.

Humano - ser ou não ser?

Precisamos reaprender o significado de "ser humano" que vai muito além de todas a definições. A longa e árdua tarefa de me tornar humano não é simples como parece. Paradoxalmente temos que aprender a viver aquilo que realmente somos... porque no decorrer da vida, aprendemos a desempenhar muitos papéis e atuar em diversos contextos, mas quando a experiência se trata de ser EU, unicamente EU, humano, sem nenhum roteiro ou diploma para me sustentar, aparece uma terrivel falta de habilidade.

É notória a dificuldade do ser humano se relacionar consigo mesmo e com todos de nossa espécie. "É uma imprudência perder tempo em se conhecer" diz nosso racional, detentor de todas as verdades... verdades estas que se vão na primeira chuva que cai sobre o EGO solitário e vazio.

Seres humanos travam verdadeira batalhas por ninharias nos modernos realitys shows. E a multidão de telespectadores hipnotizados por seus idolos de plástico, aplaudem.

Cada vez mais precisamos de regras de convivência para sobreviver. Regras segundo quem?

Adotamos um papel, tal qual num teatro e segundo a vontade de um diretor o interpretamos, as vezes interpretamos com tal paixão que ficamos convictos de somos esta personagem.

Onde foram parar as experiências que nos validam como seres humanos? Se alguém souber onde foi parar a espontaneidade, a leveza e riqueza de "ser humano", por favor devolva a humanidade.

E devolva logo, antes que nos tornemos um animal condicionado, acorrentado pelo EGO, aprisionado e desvalorizado por nós mesmo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sobre a força que existe em cada um de nós

Às vezes a gente só acerta quando reconhece que errou e só começa a ganhar quando entende que perdeu.
Noutras, é quando estamos quase desistindo e tentamos,
supondo uma última vez, é que passamos pela barreira que a vida nos colocou.
Existem também aqueles que humildemente não aceitam o mérito ou mesmo a possibilidade de uma vitória sozinhos, mas que, no entanto, a única coisa que conseguem dividir, são os seus fracassos e as suas derrotas.
Por não encontrar empatia no empate, recolocamos a prova, em parte ou totalmente, partes vivas de nossa vida.
Nos esquecemos que toda parte que parte, é uma parte que está indo, e como todas as coisas que vão, podem não voltar.

Assim, duvidando de nós mesmos, criamos a dúvida principal e vestimo-la em gala para que duvidem de nós.
Entendemos por experiência própria que a dúvida quando não cega, nos paralisa.
De contra partida, cultivamos o medo do desconhecido que nos impede de arriscar a perder algo do qual não gostamos.

Literalmente, nos damos um nó.

No grande labirinto, olhamos a saída por um espelho diante de nós e mesmo assim caminhamos para frente.
Descobrimos que é no veneno que está a cura.
Chamamos arrogantes também, aquele que colocamos acima de nós, e que pelo próprio pecado de não acreditarmos em nós mesmos, sentimo-nos sufocados perto daqueles que admiramos.
Não acreditar, é tão triste quanto acreditar sabendo que não existe. (Papai Noel).
Sabemos, mas ignoramos as diferenças entre ver e olhar, ouvir e escutar, falar e dizer.
Precisamos aprender a conviver com nossas diferenças pois, o fato de termos ciência das diferenças, é o que nos torna semelhantes.
Mas vencemos. Vencemos nossos maiores inimigos que por ironia, a criação é de nossa autoria.
Mostramos e provamos nosso poder de criar através da vontade e do acreditar destruindo a maior, mais forte e mais poderosa criação do universo.

Nós mesmos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A carroça


Certa manhã, meu pai muito sabido, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo o barulho da carroça.
- Isso mesmo- disse meu pai – é uma carroça vazia.
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora – respondeu meu pai- é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior o barulho que faz.
Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo conversa de todo mundo e querendo demonstrar-se senhor da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
“Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...”

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Medo

O medo paralisa ou impulsiona. Você escolhe qual força quer dar ao medo – paralisar ou impulsionar, fugir ou enfrentar. É muito interessante pensarmos sobre o medo pois ele esteve presente diante de toda história da humanidade.
O medo enche mais as igrejas do que o amor.
O medo da ação do demônio é muitas vezes mais eficiente do que a doçura e serenidade da presença de Deus.
O tal medo, pode nos favorecer em alguns momentos e, em outros nos impedir que vivamos boas oportunidades e experiências em nossa vida.

Muitas vezes o medo é o principal responsável por modificarmos a nossa interpretação da realidade.
A tentativa de não estarmos sentindo, vivendo ou experienciando situações em nossa existência, a tentativa de fugir de uma situação, de não vivermos um momento,  faz com que perdamos a oportunidade de viver, de sentir e de estar em determinada situação, deixamos então de colecionar experiências de vida no "aqui e agora" e, por fim, o medo faz com que não vivamos cada momento como único.
É fundamental que evitemos os ópios que nos tiram dos momentos que temos que viver, o ópio neste caso é o medo, pois distorce a realidade no qual estamos inseridos e nos remete a uma "não vida".

"Carpe Diem! Colhe o dia e confie o mínimo no amanhã. É melhor lidar apenas com o que cruza o seu caminho."
Horácio, 23a.C.

Observe o quanto podemos distorcer nossas experiências de vida.
http://www.youtube.com/watch?v=x80S4YA0qv0

terça-feira, 15 de junho de 2010

Fernando Pessoa já sabia da verdade

metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo.
Sei lá o que penso eu do mundo!
Se eu adocesse pensaria nisso...

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério. O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos, começa a nao saber o que e o sol e a pensar uitas cousas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o sol, já não pode pensar em mais nada porque a luz do sol vale mais do que os pensamentos. De todos os filósofos e de todos os poetas a luz do sol não sabe o que faz e por isso não erra e é comum e boa.

Sentido íntimo das cousas... o único sentido íntimo das cousas é elas não terem sentido nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, sem dúvida viria falar comigo e entraria pela miha porta dentro dizendo-me: Aqui estou!
Mas Deus é as flores e as árvores. Os montes e sol e o luar.
Então acredito nele. Acredito nele a toda hora e a minha vida é toda uma orção e uma missa, é uma comunhão com os olhos e ouvidos.

Mas Deus é as arvores e as flores e os montes e o luar e o sol, para que chamo eu Deus?
Chamo-lhes flores e árvores e montes e sol e luar.
Porque se ele se fez, para eu ver, sol e luar e flores e árvores e montes
Se ele me aparece como sendo árvores e montes e luar e flores
É que ele quer que eu o conheça como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe. (Que mais seu eu de Deus que eus de si próprio?)
Obedeço-lhe a viver espontaneamente. Como quem abre os olhos e vê. E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes. E penso-o vendo e ouvindo. E ando com ele a toda a hora.

Pensar em Deus é desobedecer a Deus, porque Deus quis que o não conhecêssemos, por isso se não mostrou...

Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa)

Assim caminha a humanidade

Assim caminha a humanidade